O dólar encerrou a sexta-feira com alta expressiva no Brasil, atingindo o maior valor nominal de fechamento da história: R$6,0766. A valorização reflete um cenário de incertezas domésticas, com dúvidas sobre a aprovação do pacote fiscal no Congresso, e fatores externos, como dados econômicos robustos dos Estados Unidos.
Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a flertar com os R$6,10, impulsionada pelo relatório de empregos nos EUA, que mostrou a criação de 227 mil vagas em novembro, superando as expectativas de 200 mil. O desempenho positivo reduz as chances de novos cortes de juros pelo Federal Reserve, fortalecendo o dólar globalmente.
No Brasil, o mercado reagiu a temores de desidratação no pacote fiscal do governo, especialmente com a resistência de parlamentares em alterar o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Isso pressionou os Depósitos Interfinanceiros (DIs) e sustentou o avanço do dólar.
Apesar da alta volatilidade, o Banco Central não anunciou medidas extraordinárias e manteve o leilão de rolagem de swaps cambiais, vendendo 15 mil contratos com vencimento em janeiro de 2025.
O dólar acumulou alta de 1,26% na semana e 25,25% no ano. No mercado futuro, o dólar para janeiro fechou em R$6,0955, reforçando o movimento de valorização.
No exterior, o índice do dólar (DXY), que avalia a força da moeda americana frente a outras divisas, subiu 0,30%, encerrando o dia em 106,040.
